Poeta , Editor, ex-Diretor do INEPAC, Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, e membro do Conselho Estadual de Tombamento.

segunda-feira, fevereiro 7

A Florbela Espanca

Alexei Bueno
Amada, por que eu tive a tua voz
Depois que o Nada teve a tua boca?
A lua, em sua palidez de louca,
Brilha igual sobre mim, e sobre nós!...

Porém como estás longe, como o algoz
De um só golpe sem fim — a Morte — apouca
Os gritos dos que esperam, a ânsia rouca
Dos que atrás têm seu sonho, os grandes sós!

Aqui não brilha o mundo que engendraste
Como o manto de um deus, e astros sangrentos
Não nos rolam nas mãos da imensa haste.

E só estes olhos meus, que nunca viste,
Se incendeiam, vitrais na noite atentos,
Voltados para o chão aonde fugiste!

2 comentários:

  1. Professora Merij,
    Parabéns por trazer o Alexei Bueno para Literacia, Poeta de primeira grandeza.Este poema é de uma belza irretocável.Gosto de todos, mas acho este canto a Florbela uma lira, uma melodia ímpar.
    Obrigada por me mostrar em primeira mão.
    Bjs e saudades.
    Luiz Eduardo[ seu mais fiel discípulo, Mestra querida ]RJ

    ResponderExcluir
  2. Que Senhor Poeta!!!!!!!!!!!!!!
    Bjs
    Bel

    ResponderExcluir